Linhas! São como linhas!

 Ligação. Lembra daquele dia que eu te falei que todos nós somos ligados de alguma forma à alguém? Você não acreditou, olha só aonde estamos? É até engraçado, de tão lógico. Quer ver como eu te observo? Vou te fazer uma pergunta. Se eu te tocar agora, quais são às chances de todos os seus músculos de contraírem de tanta vontade de me segurar em seus braços? Creio eu, ser de noventa por cento. E sabe o que mais me preocupa? A certeza de que você irá se apegar aos dez por cento de chances de fingir que nada aconteceu, dar um sorriso torto meio sem graça e me chamar de boba.  

 Linhas, são linhas. Como se fossemos ligados por linhas imaginárias. Que não te deixam seguir a vida sem que seja ao meu lado. E não! Não estou dizendo que sou boa demais ou que sou a melhor. Porém sou eu! Enquanto procura o seu amor, me procura em cada uma das pessoas que você se envolve. Digo isso porque eu já aceitei, engoli meu orgulho e me rendi ao que considero a solução, que é ser com você.
 Linhas imaginárias, que não me permitem ser com alguém o que fui com você, e o que me deixa mais pasma é que eu sempre fui, sempre pensei que seria. Mas hoje, sei que só posso ser com você! Ser? Sim. Sempre me referi o estar com o ser, de existir mesmo! Sou com você da mesma forma que estou com você. Somos, estamos! Fomos com o outro!

 Há uma teoria chinesa, ela diz que ao nascer, somos enlaçados por um fio vermelho, que nos liga para o resto das nossas vidas. Sempre fomos destinados, designados ou até predestinados a ficarmos juntos, só nos resta aceitar. Esse fio se estica, se embola, mas nunca arrebenta! Ele sempre estará intacto, mesmo que venhamos a viver nossas vidas separadamente. Pode se envolver com quem quiser, como eu disse: Você sempre irá procurar algo nelas que seja pelo menos um traço do que eu sou. 

 Eu falo bastante, por isso, nunca deixarei de falar: Nossas ligações são invisíveis porém não interessa para qual lugar você for ou com qual pessoa estiver, se não sermos um com o outro, nunca vai valer a pena ou nunca haverá tanto amor quanto nós dois fazemos juntos. 

O que eu posso fazer? São as linhas!